quarta-feira, 22 de novembro de 2006

A dança flutuante




ergo-me. danço, não sozinho nem com a tribo. danço com o mundo.

move-me a adrenalina súbita e o renascer em cada onda (recordo agora o último pôr-do-sol, a ênfase do spray de água salgada na cara depois de furar a onda, e o sol quase vermelho a queimar o rosto).

se me perguntares porque faço esta dança, eu não sei responder.

mas sinto esta alegria ingénua. não há igual.

e no fim, quando dispo o smoking da tribo, quase tudo fica como estava...não houve estrelas a mais nem homens cortaram veias. constato que apenas por pisar areia e ter a pele salgada me sinto afinado. vibro noutra frequência.

é uma dança flutuante. é caminhar sobre água. é fusão a frio com qualquer matéria.

1 comentário:

patriciar disse...

Por momentos, quase sentir o "spray de água salgada, (...)o sol a queimar o rosto(..)e a alegria dessa dança. Escreves de forma simples mas intensa, de uma forma bonita!continua nessa frequência;)
um bj